Sobre perdas e fins !

Cada dia nessa vida, a gente aprende a lidar com situações novas. E como lei natural das coisas, onde o pra sempre (quase) nunca existe, somos surpreendidas pelo fim. Surpreendidas por esse fim de etapas, relacionamentos e milhares de outras coisas mais. Por fins e perdas.
Esses, no geral, são um tanto dolorosos e carregam consigo uma dose enorme de aprendizado. É como se precisássemos deles para nos tornar quem somos. Afinal, se não houvesse o fim, nós não saberíamos como inícios e coisas novas são boas e nos enchem de felicidade. Mesmo que não pareça agora e nem amanhã, mas um dia você vai entender o quanto encerrar aquela etapa, mesmo contra sua vontade, foi tão importante. E se não houvesse perdas, nós não saberíamos o quanto tudo aquilo foi ou ainda é importante. Destas perdas, algumas deixaram feridas que, naturalmente, iram doer por um tempo. Feridas que vão cicatrizar e deixar uma mera lembrança como prova daquele momento. Outras passaram diretamente como lembranças boas ou ruins que terão um espaço reservado em você, mesmo que raramente lembrado.
Assim como acredito que o amor deveria mover as pessoas, eu acredito que aprender a lidar com perdas (sejam elas superficiais ou profundas) é mais do que necessário para se viver bem. Não é fácil. Fins não são fáceis e perdas sempre deixam marcas, mas aprender a conviver e aceitar tal condição é crucial para nosso amadurecimento pessoal e este, por sua vez, sempre vale a pena ser acrescentado de ensinamentos e coisas boas. Quase nunca é fácil, mas passamos pela vida a mercê dos momentos e sujeitos a términos e ruínas de fatos que nos decorrem todo o tempo. E aprender lidar com isso é uma questão de tempo, de calma e de coração. É quase uma questão de condição.
E quanto ao fim? Bom, esses eu sei que são mais que necessários e mesmo que sejam dolorosos sempre servem para nos ensinar algo. E a gente vai continuando nossa vida. A gente sempre continua. Superando. Aprendendo. Vivendo.

Sobre ser quem você é !

Gosto de acreditar que todos nós estamos aqui por alguns motivos. Eu tenho os meus, e costumo anotá-los na última folha do meu caderno, para que nunca, nunca mesmo, eu os esqueça.
Sejamos honestas, se sentir só mais adolescente perdida em seus próprios sentimentos no mundo, machuca. E ainda dizem por aí que essa época é a melhor e passa rápido demais. Às vezes, num dia como hoje, parece que demora uma eternidade.Você quer logo um trabalho onde possa conhecer um cara realmente legal que use óculos wayfarer preto, quer uma casa com escadas no centro pra decorar como sempre sonhou, que um carro pra sentir seu cabelo voar com o vento.
Sei que quando ainda estamos nos corredores segurando uma mochila cheia de broches ou um caderno meio rabiscado e quase sem folhas, fica difícil imaginar uma vida depois da escola. Mas acredita, ela, a vida, não se resume a isso. Felizmente ou infelizmente. A gente cresce, e todos esses problemas se tornam o que fizeram você chegar lá.
Uma hora ou outra vai acontecer e você vai perceber que o tempo não volta, que seus amigos pra-vida-toda mudaram de telefone e por motivos idiotas você nem imagina pra onde foram. Então, você vai sentir falta de estar dentro de uma sala de aula. E talvez, se arrepender por não ter feito mais. Gritado, cantado ou dançado com os outros.
Seja sempre o que você é quando não tem ninguém por perto. Não se prenda em seus próprios limites. Rabisque as folhas em branco que até então você guarda na última gaveta do seu armário. Não faz sentido guardar memórias sem lembranças, faz?
Posso contar um segredo? A vida pode ser como nos filmes, basta você acreditar que vai acabar em duas horas.